Severino José da Silva, mais conhecido como Pombo Roxo, tem 60 anos de idade e mora na comunidade do Amaro Branco há mais de 50 anos. Casado e com um filho de 10 anos que já lhe segue os passos, Pombo Roxo é um grande talento do coco na comunidade, mantendo inclusive estreita relação com as brincadeiras e folguedos locais. Mestre da Tradição Oral na Ação Griô do Ministério da Cultura, Pombo Roxo é também Babalorixá conhecido e respeitado. Em 2009 Pombo Roxo fará seu primeiro registro fonográfico profissional através da gravação do CD Coco do Amaro Branco Vol.2.
Dona GLORINHA DO COCO tem 77 anos, herdou da mãe, D. Maria Belém, nascida em 1894 e falecida aos 105 anos, o gosto pelo rítmo coco. D. Maria Belém, assim como D. Jove e as mestras do passado, cantavam com o ganzá em punho, costume que hoje já não é regra entre as mulheres da tradição. O Coco da Rua dos Pescadores é um legado desta brincante que deixou a herança nas mãos da filha. Atualmente D. Glotinha é a Mestra mais antiga da comunidade e tendo parado o coco de sua mãe por um bom tempo, hoje se alegra com o registro de suas composições e as apresentações em palco. Cheia de auto-estima, voltou a organizar a brincadeira na Rua dos Pescadores onde também reside.
Edimilsom Bispo, 64, irmão do Mestre Ferrugem, revelou-se um grande talento da comunidade a partir das gravações do filme O Coco, A Roda, O Pneu e O Farol, onde aparece cantando composições próprias, de respostas fáceis e curtas, o que rapidamente se fixa na memória de quem o escuta cantar pela primeira vez. Em 2007, com o grupo Coco do Amaro Branco, Edmilsom participou do Festisesi em Brasília conquistando a todos que o assistiam repetindo o refrão de sua música, “ Maca como cheira”...Edmilsom também é muito bom de “maceta”, gíria usada pelos tocadores para dizer que o cara sabe tocar bombo de coco.
CARLINHOS, ou Cavalinho, é filho do finado Mestre Dédo e toca zabumba para várias mestras da comunidade. Tendo herdado do pai o talento para tocar e cantar cocos, Carlinhos também se dedica à comercialização de peixes na praia do Carmo em Olinda, mas afirma que não quer conversa com o mar, ao contrário do Mestre Dédo que navegava por dias infinitos, para voltar à terra trazendo os frutos de uma boa pescaria. Carlinhos que é fã inveterado de seu pai, ressalta que mesmo não entendendo de navegação tem profundo respeito pelo mar que era como a segunda casa do nosso tão querido Mestre Dédo. No Coco do Amaro Branco Vol.2, Carlinhos assina sua batida e interpreta um dos cocos mais conhecidos de seu pai, "Correndo e Fazendo Vento".
VIOLA– Músico autodidata, 42, olindense da Barreira do Rosário, percussionista desde criança, Viola (direção musical, bombos e congas) é bastante conhecido por seus trabalhos musicais em Olinda e no Recife. Já tocou com Naná Vasconcelos, Antônio Madureira, Selma do Coco, Aurinha do Coco, Kátia de França, Erasto Vasconcelos e Alceu Valença. O percussionista realizou a direção musical dos CDs Coco do Amaro Branco, Cila do Coco e Seus Pupilos, Seu Grito, de Aurinha do Coco e já participou de vários festivais importantes, no Brasil e no exterior. Também participou das gravações dos CDs Pernambuco em Concerto, Recifrevoé, Serra Veia (vocalista e percussionista), CD Pedro Índio, entre outros, além de participar como músico do DVD mais recente do pernambucano Alceu Valença. VIOLA E LUCIANO MAMÃO (pandeiros-Coco do Amaro Branco Vol.2)
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