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terça-feira, 5 de maio de 2009



Severino José da Silva, mais conhecido como Pombo Roxo, tem 60 anos de idade e mora na comunidade do Amaro Branco há mais de 50 anos. Casado e com um filho de 10 anos que já lhe segue os passos, Pombo Roxo é um grande talento do coco na comunidade, mantendo inclusive estreita relação com as brincadeiras e folguedos locais. Mestre da Tradição Oral na Ação Griô do Ministério da Cultura, Pombo Roxo é também Babalorixá conhecido e respeitado. Em 2009 Pombo Roxo fará seu primeiro registro fonográfico profissional através da gravação do CD Coco do Amaro Branco Vol.2.





Lú do Pneu é responsável pela festa que depois do Acorda Povo e do Coco das Ruas dos Pescadores é a mais antiga da comunidade. Trata-se do Coco do Pneu, fundado por seu pai o pescador Ivo da Janoca, há 21 anos quando na praia do Janga pescou, em rede de arrastão, um pneu de avião que levou ao Amaro Branco para ser colocado a sombra de uma árvore e servir de banco aos pescadores e coquistas do bairro que lá se encontravam para beber, jogar conversa fora e cantar cocos. Daí o nome de Coco do Pneu. Hoje, em lugar do pneu, há um desenho na parede indicando onde ficava o objeto fruto daquela pescaria de Seu Ivo da Janoca. Apesar do pneu já não existir, a casa de Lú continua promovendo a sambada anual que acontece impreterivelmente no dia 29 de junho e é dedicada a São Pedro, padroeiro dos pescadores. Como a maioria dos homens no Amaro Branco, Lú é excelente tocador de bombo tendo aprendido a arte com vários dos mestres do passado.





Dona GLORINHA DO COCO tem 77 anos, herdou da mãe, D. Maria Belém, nascida em 1894 e falecida aos 105 anos, o gosto pelo rítmo coco. D. Maria Belém, assim como D. Jove e as mestras do passado, cantavam com o ganzá em punho, costume que hoje já não é regra entre as mulheres da tradição. O Coco da Rua dos Pescadores é um legado desta brincante que deixou a herança nas mãos da filha. Atualmente D. Glotinha é a Mestra mais antiga da comunidade e tendo parado o coco de sua mãe por um bom tempo, hoje se alegra com o registro de suas composições e as apresentações em palco. Cheia de auto-estima, voltou a organizar a brincadeira na Rua dos Pescadores onde também reside.










Edimilsom Bispo, 64, irmão do Mestre Ferrugem, revelou-se um grande talento da comunidade a partir das gravações do filme O Coco, A Roda, O Pneu e O Farol, onde aparece cantando composições próprias, de respostas fáceis e curtas, o que rapidamente se fixa na memória de quem o escuta cantar pela primeira vez. Em 2007, com o grupo Coco do Amaro Branco, Edmilsom participou do Festisesi em Brasília conquistando a todos que o assistiam repetindo o refrão de sua música, “ Maca como cheira”...Edmilsom também é muito bom de “maceta”, gíria usada pelos tocadores para dizer que o cara sabe tocar bombo de coco.





CARLINHOS, ou Cavalinho, é filho do finado Mestre Dédo e toca zabumba para várias mestras da comunidade. Tendo herdado do pai o talento para tocar e cantar cocos, Carlinhos também se dedica à comercialização de peixes na praia do Carmo em Olinda, mas afirma que não quer conversa com o mar, ao contrário do Mestre Dédo que navegava por dias infinitos, para voltar à terra trazendo os frutos de uma boa pescaria. Carlinhos que é fã inveterado de seu pai, ressalta que mesmo não entendendo de navegação tem profundo respeito pelo mar que era como a segunda casa do nosso tão querido Mestre Dédo. No Coco do Amaro Branco Vol.2, Carlinhos assina sua batida e interpreta um dos cocos mais conhecidos de seu pai, "Correndo e Fazendo Vento".





VIOLA– Músico autodidata, 42, olindense da Barreira do Rosário, percussionista desde criança, Viola (direção musical, bombos e congas) é bastante conhecido por seus trabalhos musicais em Olinda e no Recife. Já tocou com Naná Vasconcelos, Antônio Madureira, Selma do Coco, Aurinha do Coco, Kátia de França, Erasto Vasconcelos e Alceu Valença. O percussionista realizou a direção musical dos CDs Coco do Amaro Branco, Cila do Coco e Seus Pupilos, Seu Grito, de Aurinha do Coco e já participou de vários festivais importantes, no Brasil e no exterior. Também participou das gravações dos CDs Pernambuco em Concerto, Recifrevoé, Serra Veia (vocalista e percussionista), CD Pedro Índio, entre outros, além de participar como músico do DVD mais recente do pernambucano Alceu Valença.










VIOLA E LUCIANO MAMÃO (pandeiros-Coco do Amaro Branco Vol.2)

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